Coisas da vida!


Falar em sexo é antes de tudo ter uma relação com o seu próprio sexo. Contudo não vou falar de masturbação. Todos nós ao nascermos temos uma definição de gênero: sexo “masculino ou feminino” e/ou “macho ou fêmea” a convivência com este órgão e a sua funcionalidade deveria ser tão normal como fazemos com os demais órgãos do nosso corpo.
O bebê logo que começa desenvolver o cognitivo vai compreendendo que cada órgão do corpo tem a sua função determinante. Contudo, a máscara da “moralidade” retira da criança o direito de saber o mais natural possível que o sexo ou a sua genitália tem a função privilegiada de gerar vidas, para esse acontecimento teria a participação de um “outro sexo” e em princípio, teria o acréscimo do prazer.
Essa máxima deveria ser inserida no universo da criança com muita responsabilidade, gradativamente de acordo com os princípios de cada núcleo familiar, tal como se ensina a essa criança a escovar os dentes, a usar o fio dental, ir ao dentista e assim sucessivamente. 
O processo ensino-aprendizagem aos poucos vai se condicionando, cauterizando na mente da criança a abstração daquilo que é politicamente correto para o viver em sociedade. Ah, se assim, fosse!
Não se sabe em que momento da existência humana alguém disse que o “sexo” é algo feio e sujo, que as mulheres não deveriam saber nada sobre o assunto, que os homens deveriam ser machos e como tal deveriam “conhecer” uma mulher.
Essa informação deturpada e imoral assolou a mente humana de tal maneira que não importa à classe social, a raça, a cor ou o credo isso viralizou a humanidade ao ponto de até nos dias atuais pode-se dizer que é proibido falar sobre “sexo” em muitos núcleos familiares.
O interessante é pensar que a família passa anos se preparando para ter um filho, pensa no nome, pensa em dar uma boa educação e assim sucessivamente. Contraditório não é mesmo? Como dar uma boa educação a esse “ser” se lhe é negligenciado o sublime e perfeito processo da procriação?
A vida é gerada no mais perfeito ato sexual. O encontro de duas vidas pode gerar outras vidas imbuídas no mágico principio do prazer. A “pseudo” “moralidade” é uma “hipocrisia” tão absurda quanto trágica. Como não se pode falar sobre sexo com uma criança da maneira correta e natural desde sempre? Ela tem o órgão sexual, esse mesmo órgão sexual tem função determinante e vital na continuidade da sua espécie e mesmo assim lhe é tolhido o direito de aprender tudo sobre o seu sexo?
A família do século XXI ainda vive subjugada a padrões moralistas vergonhosos, não evoluiu enquanto sociedade mesmo vivendo cercada por todo o tipo de informação, em meio a tantas tecnologias a seu dispor, ainda assim, prefere não falar sobre qual a função do sexo, prazer sexual, sexualidade, relação sexual, homossexualidade, virgindade e celibatário, todos esses temas estão correlacionados.
Tudo por causa da “pseudo moralidade”, pseudo por que não existe uma moralidade absoluta, pois, a moral é algo subjetivo, assim sendo, todos têm a sua forma de julgar o que é “imoral ou moral” não há um padrão.
Falar que o homem para ser “macho” tem que “conhecer uma mulher” sexualmente falando, todavia, a mulher não poderá saber nada a respeito sobre “conhecer o homem” sexualmente falando. Hipócritas!
Será que a sociedade ainda hoje age assim? Será que apesar da mulher ter uma maior liberdade sexual e poder escolher o seu parceiro ou parceiros, ela é vista como sendo uma mulher que recebeu uma boa educação? Será que não há hipocrisia generalizada?  Será? Pois, se a mulher coloca uma roupa mais curta e sexy é apontada como “piriquete” a versão atualizada da puta de anos atrás, é ou, não é?
E quem foi o responsável por esta suposta “boa educação”? A tal boa educação como forma de legado para a tão sonhada e desejada criançinha?
Quem poderá responder a esta pergunta? Estamos ou não inseridos no processo de ensino-aprendizagem? Foi o que eu pensei, um misto de hipocrisia.
By: Socorro Castro.


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